DO FINITO PARA O INFINITO

Tu Senhor me concedes uma vocação tão Bela, infinitamente Bela, e eu... tantas vezes não a reconheço ou mesmo faço pouco dela, como se na verdade fosse um grande peso, um fardo que, por conta daquele chamado, la na praia, quando me fitava os olhos e penetrava a minha alma, precisava carregar as costas. Creio que a "mundanidade"(como quando no evangelho Jesus diz a seu discípulo: "[...] deixa que os mortos enterrem seus mortos", mostrando que, apesar de ser, o sepultamento, uma obra de misericórdia, nosso coração precisa estar impregnado das coisas do alto, para que as da terra tenham sentido) se apossou com tanta força do meu coração, permitindo que o olhar de minha alma fosse diminuído, que por vezes não a reconheço, a não ser em espaços curtíssimos. E agora, já nem posso mais perceber com clareza a Beleza verdadeira. Olho para sua "imagem e semelhança" ou mesmo para as outras criaturas e penso nelas estar findado o infinito. Pura ilusão ! E me perco com imensa facilidade. Ah Senhor, não permitas prender-me a essa beleza, mas sustenta meu coração ao alto, de modo a contemplar a verdadeira  Beleza. E contemplando-a não deseje outra coisa se não saciar essa sede que parece não ter fim, e assim optar por realidades compatíveis com a infinitude de minha alma.

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